Meu nome é M. K., tenho 38 anos e sou profissional de saúde em uma cidade próxima a Londres. Durante muitos anos, vivi atormentada pelas marcas profundas de um trauma de abuso infantil. Apesar de ser bem-sucedida profissionalmente, as sombras do meu passado afetavam quase todos os aspectos da minha vida pessoal. Os pesadelos eram constantes, os flashbacks me paralisavam, e a ideia de confiar em alguém, especialmente em homens que me lembravam meu pai, parecia impossível.
Eu já havia tentado diversas terapias. Embora muitas delas tivessem me ajudado de alguma forma, nenhuma conseguiu realmente diminuir os sintomas mais debilitantes do trauma. Sempre ouvi falar da terapia EMDR, inclusive em uma entrevista da Vogue britânica onde Miley Cyrus mencionou como a abordagem a ajudou a enfrentar traumas do passado. Ela dizia que o EMDR havia sido “muito útil” e que a terapia apagava as sensações físicas associadas às memórias dolorosas. Mesmo assim, eu não acreditava que funcionaria para mim.
Mas o ponto de virada veio quando minha prima compartilhou sua experiência pessoal com o EMDR. Ela relatou mudanças profundas e rápidas logo nas primeiras sessões. Foi essa proximidade que me deu a coragem de tentar. Em um final de semana chuvoso, após mais uma madrugada acordando de um pesadelo, resolvi agendar uma avaliação.
A terapeuta foi incrível. Explicou todo o processo com paciência e acolhimento. Na segunda sessão, começamos a terapia de fato. Para minha surpresa, a experiência foi intensa, mas transformadora. Relembrei momentos dolorosos e senti o impacto das memórias. Durante a semana eu continuava pensando em todas aquelas mudanças, mas, ao mesmo tempo, percebi que algo mudava dentro de mim. A cada sessão, as lembranças ficavam menos vívidas e carregadas de dor.
Com o tempo, os flashbacks e pesadelos diminuíram. Meu corpo, antes tenso e em alerta, passou a relaxar. Hoje, minha vida é outra. Continuo sendo eu, mas estou em um relacionamento que tem me feito muito feliz e até consigo fazer planos para o futuro. Antes eu me sentia como um pássaro dentro de uma gaiola com a portinha aberta, mas que não conseguia sair, hoje me sinto livre para voar. Minha fala pode até parecer propaganda, mas eu não poderia dizer nada diferente. A terapia EMDR não apenas aliviou o peso do passado, mas me devolveu a possibilidade de viver. *
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Nota: a psicoterapia de abordagem EMDR é reconhecida e recomenda pela OMS como uma das principais técnicas para o tratamento do trauma. Apenas profissionais certificados e regulamentados pela Associação Brasileira de EMDR podem exercê-la. Se você ficou interessada, ou quer agendar uma consulta CLIQUE AQUI.